IRÃ MUCLEAR: NEGOCIAÇÕES SÃO NOVAMENTE ESTENDIDAS

24-11-2014 23:26

Irã nuclear: negociações são novamente estendidas, agora até junho

De forma genérica, chanceler menciona ‘progressos’, mas o que se vê é um novo fracasso na tentativa de se chegar a um pacto que impeça o país persa de produzir armas atômicas

O secretário de Estado americano, John Kerry, o chanceler britânico, Philip Hammond, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov e a representante diplomática da União Europeia, Catherine Ashton, em reunião sobre programa nuclear do Irã em Viena

O secretário de Estado americano, John Kerry, o chanceler britânico, Philip Hammond, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov e a representante diplomática da União Europeia, Catherine Ashton, em reunião sobre programa nuclear do Irã em Viena (Joe Klamar/Reuters)

O prazo para negociação de um acordo nuclear com o Irã foi ampliado mais uma vez. As conversas, que deveriam ser concluídas nesta segunda-feira, agora vão até o dia 30 de junho do ano que vem, diante do fracasso de se alcançar um pacto amplo sobre o tema.

O chanceler britânico Philip Hammond apontou “progressos” na última rodada de negociações, que começou na última semana, em Viena, mas reconheceu que não foi possível desembaraçar pontos em que não há consenso, como os níveis de enriquecimento de urânio e o número de centrífugas que o país terá permissão para operar. Um representante iraniano confirmou a ampliação do prazo, o que também fez o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

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As conversas que têm, de um lado, a República Islâmica, e do outro, o chamado grupo 5 + 1, que reúne os membros do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, China) e a Alemanha, continuarão seguindo os termos do acordo preliminarassinado há um ano em Genebra, informou o ministro.

Alguns diplomatas advertiram que uma nova extensão no prazo reduziria a capacidade de pressão sobre o Irã. Alguns congressistas americanos disseram que tentariam reforçar as sanções contra o país se a diplomacia não apresentasse resultados até hoje.

A comunidade internacional quer que o Irã desmantele seu programa de enriquecimento de urânio, mas o país persa ofereceu apenas um congelamento das operações, por um período limitado. O discurso iraniano é que o programa tem fins pacíficos. Na prática, contudo, a República Islâmica tem enganado os inspetores estrangeiros enquanto desenvolve uma bomba atômica às escondidas.

O acordo preliminar do ano passado incluiu a suspensão de sanções aplicadas contra as indústrias aeronáutica, automotiva e farmacêutica, e liberou recursos que estavam congelados. Durante o novo período de negociação, Teerã continuará tendo acesso a aproximadamente 700 milhões de dólares por mês, resultado do desbloqueio de bens que foram alvo de sanções internacionais.

 

Irã: os obstáculos no caminho para um pacto final

 

Se o Irã realmente deseja o fim das sanções econômicas, terá de se comprometer a cumprir uma série de exigências. Confira as principais.

4 de 4

Inspeções regulares e detalhadas

Preocupados com o real alcance do programa nuclear iraniano, os EUA insistem que técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) devam ter acesso irrestrito às áreas consideradas suspeitas. Com inspeções frequentes e mais detalhadas, é possível acompanhar se o Irã realmente só desenvolve pesquisas atômicas para fins energéticos.

 

 

As sanções da ONU, EUA e UE contra o Irã

 

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Dezembro de 2006 - Resolução 1737

Proíbe o Irã de comercializar com qualquer país equipamentos, materiais e know-how tecnológico que possam contribuir com o programa nuclear;

Congela ativos financeiros internacionais de empresas, entidades e pessoas ligadas ao programa nuclear;

Estabelece um novo comitê de sanções para monitorar o cumprimento das resoluções.

Veja.abril.com.br
 
 

 

 

 

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