O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que, com o aumento do enriquecimento de urânio, o Irã está tomando o rumo de uma guerra, onde pode sofrer grandes perdas.
Em entrevista à Rádio do Exército de Israel, Katz prometeu que o Estado judaico não "permitiria que o Irã obtivesse armas nucleares, mesmo que tivesse que agir sozinho".
As relações entre o Irã e Israel continuam tensas, com o Estado judaico acusando repetidamente a República Islâmica de apoiar grupos "terroristas" como o Hezbollah e o Hamas, e de travar guerras em países como a Síria, que poderiam representar uma ameaça à segurança de Israel.
O Irã nega as acusações, acusando Israel e seus aliados de se envolverem em agressões militares em toda a região. Katz se referiu aos "erros na zona cinzenta" da República Islâmica que, segundo ele, "a levariam para zona vermelha - uma guerra em que [Irã] será duramente atingido".
Israel Katz também descreveu o aumento do enriquecimento de urânio do Irã como um "alerta" para a Europa. "Alimentar o tigre iraniano não vai ajudar; só uma política agressiva, sanções e apoio à política dos EUA vão rapidamente mostrar que se trata de um tigre de papel", argumentou.
Acusações dos EUA contra Irã sobre crescente enriquecimento de urânio
A declaração do lado israelense surgiu depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, acusou o Irã de "brincar com fogo", enquanto o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, advertiu que "o regime iraniano, armado com armas nucleares, representaria um perigo ainda maior para a região e para o mundo".
"Não há razão para o Irã aumentar seu enriquecimento [de urânio] a menos que seja parte de um esforço para reduzir o tempo de produção de armas nucleares", disse o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton.
Anteriormente, na segunda-feira (1º), a Agência de Notícias Estudantil Iraniana citou o ministro das Relações Exteriores, Javad Zarif, dizendo que Teerã já ultrapassou 300 kg de urânio enriquecido em estoque, o que não corresponde aos limites do acordo nuclear iraniano de 2015, também conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA).Sputnik