Por meio da força militar, sanções econômicas e ameaças verbais, os israelenses estão tentando impedir os islamistas de lançarem balões e pipas com dispositivos incendiários que causam inúmeras queimadas em áreas da fronteira do Estado judeu.
"Os jornais escrevem que as guerras não começam por causa de pipas e incêndios, mas qualquer pessoa sã que veja um bosque ou milhares de dunums [unidade de medida de área] de terras agrícolas, concordará que essa situação é anormal", disse Lieberman aos repórteres durante viagens à cidade fronteiriça de Sderot.
"Os líderes do Hamas estão nos levando a uma situação em que não teremos escolha quando tivermos que conduzir uma operação militar grande e dolorosa", advertiu.
O ministro avisou que a nova campanha poderia ultrapassar o âmbito e as consequências da última grande operação em Gaza, que há quatro anos atrás tirou a vida de mais de 2 mil palestinos e 70 israelenses.
Ele orientou os moradores do enclave a exercer pressão sobre seus governantes e forçá-los a parar de provocar incêndios e distúrbios nas fronteiras.
Respondendo a uma pergunta de um dos jornalistas, Lieberman deixou claro que Israel não conduz negociações diretas com o Hamas sobre a Faixa de Gaza, mas está em contato com todas as "partes relevantes", incluindo o Egito e o enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Nikolai Mladenov, que, segundo a mídia, está tentando neutralizar a situação.SPUTNIC