O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira que dispõe de provas de que foram usadas armas químicas no ataque ao enclave opositor de Duma e que foram usadas pelo regime de Bashar al-Assad, reiterando sua intenção de atacar o país.

"Temos provas de que foram utilizadas armas químicas e que foi o regime quem as utilizou", afirmou Macron para a TV "TF1".

O presidente, que disse ter sido afetado pelas imagens desse ataque de Duma, afirmou que a intervenção deve estar destinada a impedir que Damasco volte a fazer uso dessas armas químicas, embora não tenha dado mais detalhes sobre a mesma.

Em contato "diário" com seu colega americano, Donald Trump, Macron garantiu que a intervenção na Síria estava destinada a lutar contra o jihadista Estado Islâmico (EI), mas que esse país "abriga várias guerras dentro da guerra" nas quais "nem tudo está permitido".

Macron também apostou por auxiliar as ONGs que ajudam a população no terreno.

A intervenção deve contribuir também para "preparar a Síria de amanhã" que tem que estar dirigida por um Governo "que inclua a todas as minorias".

O presidente francês indicou que está em contato regular também com seu colega russo, Vladimir Putin, aliado de Assad.

"O mundo é caótico e há situações inaceitáveis. O que tentamos é manter ao máximo a estabilidade da região. A França não permitirá que haja uma escalada e nem que nada danifique essa estabilidade", indicou.

Mas acrescentou que "não se pode deixar os regimes pensar que tudo é permitido".